segunda-feira, 25 de agosto de 2008

GP de Valência

Gostei muito do circuito de Valência. Parece aqueles circuitos de rua americanos, com muros de concreto em toda a volta. É mais rápido que muitos autódromos convencionais, apesar que na atual Fórmula 1 as ultrapassagens sejam muito difíceis. A pista é larga, mas suja com facilidade, algo comum em lugares próximos ao mar. A ponte dá um toque chique como o túnel de Mônaco. Sobre a corrida, Massa não deu chances a Hamilton, apesar de o estouro do motor de Raikkonen ter dado um susto em todos os brasileiros. Agora teremos duas corridas para fortalecer a posição de Massa. A primeira, dia 7 de setembro, na Bélgica, onde as Ferraris têm há muitos anos a primazia, graças às longas retas e curvas de alta do circuito flamengo. Depois, dia 14, a F1 chega a Monza, terra das Ferraris. É a hora de Luca de Montezzemolo dar ordens para a equipe privilegiar Massa, ou corre-se o risco de disputa interna acabar beneficiando Hamilton.

Depois do Gre-Nau vem Gre-Nal

O Grêmio empatou ontem com o Náutico, em Recife, em 1 a 1, fazendo o gol já nos acréscimos. Foi um empate com gosto de vitória, ainda que o Grêmio merecesse mais do que o Náutico a vitória. O gramado ruim prejudicou muito o jogo do Tricolor, que parece que começou a sentir o peso da liderança. Claro que neste segundo turno, com dois jogos fora do Olímpico, o time não atingiu 50% dos pontos. Mas o Cruzeiro, que era o principal perseguidor, perdeu os dois jogos que fez fora de casa, e o Palmeiras, atual segundo colocado, tomou uma goleada do Inter quando teve que sair de São Paulo. Acredito que o Grêmio deve retomar o bom momento no próximo domingo quando enfrenta o Vasco em Porto Alegre. Antes, na quarta-feira, mais um Gre-Nal, com o time reserva, pela Sul-Americana. O Tricolor joga por um empate em zero, reforçado por Willian Magrão, que está suspenso da partida de domingo, e Léo, ainda buscando um melhor ritmo de jogo. Acho que está na hora de Roth achar um lugar para Souza, que está pedindo passagem.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O vexame brasileiro em Pequim

Ser derrotado pela Argentina não é algo que desabone um técnico da seleção brasileira. O problema está em ser goleado e o time não mostrar condições de reverter uma derrota. O jogo desta manhã pelas olimpíadas mostrou uma equipe que ainda sente dificuldades em coisas básicas, como a saída de bola da defesa para o ataque e uma participação efetiva de Ronaldinho, que parece que desistiu de ser o centro técnico e cérebro do time. Claro que o Dunga tem culpa no resultado, mesmo que o Brasil traga a medalha de bronze, porque o time não mostrou um futebol de equipe estabilizada. Hoje, a seleção não conseguiu ameaçar a defesa argentina, deixou Sóbis isolado e não se aproximava do gol adversário. Quando tomou o primeiro gol, Dunga tirou um volante que estava bem para colocar Thiago Neves, um meia, ao invés de colocar Pato para fazer parceria a Sóbis. Quando resolver colocar o ex-atacante do Inter, Dunga tirou o outro, em vez de tirar Diego, que nada acrescenta à seleção. E por último, tirou Diego para colocar Jô, mas aí a Argentina já vencia o Brasil por 3 a 0. O técnico brasileiro vai ter que rever conceitos ao retornar à seleção principal, qu etambém não tem agradado ultimamente. Pelo menos, a Bélgica não é nenhum bicho-papão e a medalha de bronze é uma certeza. Ou Dunga nem precisa desembarcar no Rio de Janeiro.

sábado, 16 de agosto de 2008

Seleção olímpica em busca do ouro

A seleção olímpica comandada por Dunga ainda não encaixou. Mas está no caminho certo, por mais que a crítica do centro do país reclame. O time está bem escalado, pois tem uma defesa firme e segura (o excelente Thiago Silva e o Pirulito), conta com dois laterais que apoiam bem e marcam razoavelmente (Rafinha e Marcelo), tem dois volantes de muita qualidade (Lucas e Hernanes), dois meia que sabem jogar futebol (Anderson e Diego), embora eu não goste do Diego, tem um atacante de movimentação (hoje jogou o Sobis, mas tem o Pato também) e tem Ronaldinho. Acho que o Diego se desliga demais quando tem que fazer marcação. Ele joga mais solto na Alemanha, chegando no ataque como o terceiro atacante e quase não marca o adversário. Mas na Seleção quem faz isso é o Ronaldinho, que por sinal ainda dá mostras que não atingiu sua plenitude física e técnica. O que parece que falta ao time é motivação, parece que eles jogam sem motivação, ficam dando passinhos laterais, firulas desnecessárias e não buscam o gol como se corressem atrás de um prato de comida. O que é difícil de entender, já que Dunga era o próprio esfomeado jogando bola. A vitória difícil sobre Camarões por 2 a 0, na prorrogação, mostra que a seleção ainda sofre com o desentrosamento e pelo excesso de troca de passe no meio de campo e pela necessidade de fazer a bola passar pelo Ronaldinho. Muitas vezes, a defesa tenta fazer a ligação direta com Sobis e Ronaldinho, o que acaba facilitando a marcação adversária. Agora vem os argentinos, que tem um bom time e são também candidatos à medalha de ouro. Quem vencer tem mais chances que Nigéria ou Bélgica.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Uma análise do Bangu-Nal

O empate entre o Grêmio e o Inter no Gre-Nal pela Copa Sul-Americana realizado ontem no Beira-Rio foi mais ou menos o que se esperava. O time reserva do Grêmio é tão entrosado quanto o time titular do Inter, se não for até mais, apesar de não ter a mesma qualidade técnica. Mas o jogo foi feio, principalmente na primeira etapa. Tite optou por uma troca de sistema, partindo para o 3-5-2, para poder acomodar Índio, Sorondo e Bolívar. Com isso, o Edinho passou a ser um incômodo para a torcida, já que a única coisa que ele sabe fazer é desarmar e Tite precisa colocar no time o Rosinei, o Magrão, o Guiñazu, o Alex, o D'Alessandro e o Daniel Carvalho. É muita gente para um meio de campo só. Assim, Wellington Monteiro é outro que vai dançar. E no ataque, assim que Daniel Carvalho perder uns quilos, ele será o companheiro de Nilmar. Na prática, o time do Inter tem tudo para ser um grande time, só que isso leva um tempo, o que talvez Tite não tenha. Se perder domingo para o Vasco no Rio, o que é uma possibilidade forte, o treinador colorado pode ser colocado em xeque.
O time reserva do Grêmio jogou como joga o titular, marcando o tempo inteiro. Isso faz com que a diferença técnica entre os times não seja notada, porque o jogo passa a ser de chutões e faltas. Aliás, o árbitro da partida deixou rolar muitas faltas sem tomar uma posição mais rígica. Fosse Simon o árbitro, os times não terminavam com os 22 em campo. Celso Roth conseguiu passar para o grupo que é preciso fazer com que o adversário não jogue antes mesmo do Grêmio começar a jogar. Eu, que tenho severas restrições a Roth, tenho que admitir que ele evoluiu, mostra-se mais simpático com a imprensa, explica mais o que faz do que antes e escutas as críticas que lhe são dirigidas. Além disso, sua evolução tática também é visível, pois o Grêmio conseguiu ser um time equilibrado: tem defesa forte, um meio-campo criativo e combativo e um ataque que faz gols.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Bangu-Nal

Amanhã, no Beira-Rio, o Inter recebe o Grêmio pela Copa Sul-Americana. Celso Roth anunciou que o Grêmio entrará em campo com o time reserva para poupar os titulares para o jogo do final de semana contra o São Paulo, no estádio Olímpico, pelo Campeonato Brasileiro. Não deixa de ser uma reedição do Bangu-Nal, quando o Grêmio disputava a Libertadores com o time titular e o reserva jogava os Gre-Nais do Gauchão. O time dos reservas, que tinha o meia Vágner Mancini como capitão, foi apelidado de Banguzinho pelos jogadores e acabou sendo campeão gaúcho de 1995. Agora, o time gremista tem menos entrosamento que o Banguzinho original e o Inter é bem melhor do que aquele. Um empate ou uma derrota com gols é um bom resultado. Veremos amanhã.

Iniciando os trabalhos

Resolvi abrir este blog para escrever somente sobre esportes, já que tenho um blog para fazer comédia, o Pato Macho, e outro para falar sobre qualquer assunto, o Ximango Diário, mas não tenho atualizado nenhum dos dois há tempos. A proposta deste blog é, portanto, para falar de Grêmio, Inter, Seleção Brasileira e Fórmula 1. Não acredito que serei um diarista, mas tentarei. Também sei que com o passar do tempo o blog tende a cair no marasmo, nas poucas atualizações, na desmotivação. Isso é fruto da falta de comentários, de leitores e de vontade, a minha.
Outra coisa que farei é deixar uma coisa clara: sou gremista. Não pretendo fazer a apologia do crítico imparcial, que não tem time, como faz a maioria da crônica gaúcha. Serei imparcial como jornalista, mas pretendo por a flauta gremista neste espaço, sempre que isso for interessante. Afinal, este é um blog que dificilmente será lido por uma maioria fanática. Certamente os leitores deste blog serão amigos e conhecidos que já sabem da minha preferência clubística.
Portanto, aos leitores, comentem e divirtam-se.