A volta do Sapateiro

Nada na Fórmula 1 em 2010 vai ser maior do que a volta de Michael Schumacher. E olha que não são poucas as novidades. Teremos quatro novas equipes, duas foram embora, uma foi comprada, as regras de reabastecimento mudaram e tem um montão de gente nova. Começamos analisando a F1 pela numeração.
1 - Jenson Button - O inglês inicia o ano carregando o número 1 no bico do carro, o que não é pouca coisa, uma vez que o campeão tem esse privilégio. Button fez uma excelente temporada em 2009 e pode mostrar que não é apenas um "rostinho bonito", ele tem talento, é rápido, é um cara bacana que todo mundo gosta e admira e terá que mostrar ser mais rápido e talentoso que seu colega de equipe, o também inglês Lewis Hamilton. Ano passado, Button liderou a primeira metade do campeonato e caiu muito na segunda parte, inclusive dentro da equipe, tomando vários chapéus de Rubinho. Mas a vantagem era grande e ele garantiu o campeonato.
2 - Lewis Hamilton - O garoto prodígio teve um carro muito ruim no início de 2009, só conseguindo mostrar algum trabalho depois da metade do ano, conseguindo ganhar corridas e incomodar os líderes. Vai ter que mostrar que sabe trabalhar em grupo e dividir atenções. Antes, sempre teve a equipe trabalhando para si, a tal ponto de Alonso desistir da McLaren.
3 - Niko Rosberg - O jovem alemão tem a chance de mostrar seu talento numa que deve ser das principais equipes em 2010. Rosberg deverá prestar atenção naquilo que Schumacher faz e tentar imitar. Isso não é nenhum demérito, pelo contrário, todos aprendem com quem sabe mais e Schumi sabe muito. Se ganhar uma corrida, sua contratação terá valido a pena.
4 - Michael Schumacher - O Sapateiro vai tentar mostrar a todos que ainda é competitivo. Já mostrou isso no festival de kart de Felipe Massa, mas Fórmula 1 é diferente, pois exige muito da parte física e da qualidade do carro. Se Brawn fizer um bom carro, Schumi terá condições de ser um dos candidatos naturais ao título. Caso contrário, o campeão desiste antes do fim do ano e alega algum problema na coluna, tal como fez quando sugeriram seu nome para substituir Felipe Massa.
5 - Sebastian Vettel - Este teuto, se tiver um carro à altura, será o grande nome do ano. Está cada vez mais maduro e pode ser campeão. Só não arrisco todas as fichas nele porque acho que o carro do ano vai ser a Ferrari.
6 - Mark Webber - O australiano deve fazer sua última temporada a bordo da Red Bull. Acredito que em 2011 a equipe austríaca terá outro piloto, um mais novo. Webber teve inúmeras chances de mostrar seu talento, mas não conseguiu ser nada mais do que um leão de treinos.
7 - Felipe Massa - O brasileiro vem beliscando o título há algum tempo. Talvez este ano seja o dele. Tudo depende das oficinas de Maranelo. Se colocarem um carro vencedor nas suas mãos, Massa só terá que suplantar o espanhol Alonso, o que não é pouca coisa. O acidente de 2009 não deve deixar sequelas.
8 - Fernando Alonso - O Príncipe das Astúrias terá a chance de mostrar que é um homem de equipe. Nas outras oportunidades, Alonso mostrou ser rápido, talentoso e arrumador de carros, mas péssimo em trabalhar em equipe. Na McLaren, teve problemas com os mecânicos e com Hamilton. Na Renault, todos trabalhavam para ele.
9 - Rubens Barrichello - 2010 será o ano de correr por divertimento. Todos achavam que isso tinha ocorrido em 2009, mas quando se viu que o Brawn era carro competitivo, Barrichello teve que mostrar serviço e brigou quase até o fim pelo título. Vai ajudar Frank Williams a formar um jovem talento.
10 - Nico Hulkenberg - Outra promessa alemã. Fez uma excelente temporada na GP2 e ascendeu à maior categoria do automobilismo. Não se sabe o que esperar da Williams, que correrá com o motor Cosworth. Em outros tempos, a equipe se dava bem com a fábrica inglesa de motores.
11 - Robert Kubica - Um grande piloto contratado por uma equipe nova. Nova? Isso mesmo, nova. A Renault que será vista em 2010 não representa em nada àquela que participou dos últimos mundiais. Poderia até botar no box: "Sob nova direção". Depois da montadora vender 75% das ações para o grupo Genii, tudo muda. Só permanece o nome e o motor. Será uma grande incógnita.
12 - Indefinido - Até a véspera de Natal, esta vaga está indefinida, mas deve ser do piloto chinês Ho-Pin Tung.
13 - Este número não existe na Fórmula 1.
14 - Adrian Sutil - Outro piloto alemão, mas num carro indiano. A Force India passou para o pelotão do meio. Dificilmente volta para a parte de trás do grid. E Sutil deve mostrar um pouco mais de evolução nesta temporada.
15 - Vitantonio Liuzzi - O italiano entrou bem na equipe no ano passado e chegou a andar na frente. Liuzzi substituiu Fisichella e não fez feio. Deve dar trabalho em algumas corridas para as equipes maiores.
16 - Sébastien Buemi - A Toro Rosso sempre aposta em jovens. Buemi é outro caso de jovem pouco experiente que pegou o volante da equipe. Nas últimas corridas da temporada passada, o suíço mostrou para que veio. A temporada de 2010 pode ser a de sua afirmação, mas depende do carro que scuderia vai apresentar.
17 - Indefinido - O nome mais cotado é o de Jaime Alguersuari, que fez oito corridas pela equipe em 2009 e só conseguiu levar o carro até o fim em três delas. Aguarda a garantia de um patrocinador forte para ser confirmado na equipe. Não é de se surpreender se aparecer Nelsinho Piquet no cockpit do carro em 2010.
18 - Jarno Trulli - A renovada Lotus aposta na experiência do italiano Trulli para carregar o velhos escudo que um dia foi dos carros de Collin Chapman. Deve fazer configuração na F1.
19 - Heikki Kovalainen - O finlandês não conseguiu repetir na Fórmula 1 o desempenho que teve em categorias de acesso. Na Renault, havia um favorecimento descarado para Alonso, o Piquet que o diga. Na McLaren, todos trabalhavam para Hamilton, o Alonso que o diga. É a sua chance de mostrar um pouco mais do que mostrou até agora.
20 - Indefinido - Muitas especulações, mas até agora nada. Nem se sabe se Adrian Campos vai conseguir alinhar seus carros na primeira etapa da temporada.
21 - Bruno Senna - Tudo indica que temos um piloto talentoso aí e não apenas um sobrenome de peso. Mas dificilmente a Campos vai ter condições de aparecer entre os primeiros. Sempre se espera uma prova com chuva... pode ter os genes do tio.
22 - Indefinido - Deve ter um piloto argentino ocupando este cockpit. José Maria López, el Pechito, deve ser confirmado até janeiro.
23 - Indefinido - A USF1 precisa mostrar que tem dinheiro para bancar dois pilotos na Fórmula 1. Bernie Eccle$tone parece não acreditar e já dá sinais que a equipe americana será substituída por uma equipe sérvia, a Stefan GP. Se correr, a USF1 vai brigar para não ser a última.
24 - Timo Glock - O alemão sambou de um lado para outro depois que a Toyota anunciou seu afastamento da categoria e acabou acertando com a novíssima Manor. Mas apareceu um(a) "fado(a) madrinho(a)" e transformou tudo numa Virgin. Glock terá sorte se conseguir somar pontos na temporada.
25 - Lucas di Grassi - O quarto brasileiro na Fórmula 1 mostrou muito arrojo na GP2, chegando a disputar o título. Di Grassi leva um patrocinador forte para a equipe inglesa e deve aparecer no fundo do grid. Se fizer ponto, já fará muito.
26 - Kamui Kobayashi - O jovem japonês teve poucas provas para mostrar algum talento em 2009 e fez mais do que Glock vinha fazendo. Isso garantiu um lugarzinho na nova equipe de Peter Sauber. O suíço ainda não conseguiu um grande patrocinador, mas deve fazer mais do que a BMW fez neste 2009.
27 - Indefinido - Ainda não há certeza de quem entra nesta vaga. São muitos candidatos. Quem tiver mais grana leva.

Título merecido

A corrida de Fórmula 1 no Brasil foi novamente emocionante. A vitória de Mark Webber merecida, assim como o título de Jenson Button e da Brawn GP. Não dá para criticar o oitavo lugar do Rubinho, tampouco desmerecer o trabalho dele ou sua fama de pé-frio. A classificação do sábado, sob chuva, foi espetacular, com vários favoritos ficando nas últimas colocações. A pole de Rubinho levou a galera às alturas. Via-se a possibilidade da vitória, o que diminuiria a distância para o líder. O posicionamento de Ferraris, McLarens e da outra Brawn no fim do grid ocasionou uma largada tumultuada, fazendo com que quem estava atrás partisse em busca de ultrapassagens desesperadas. Por isso, Button conseguiu boas ultrapassagens. Kovallainen teve dificuldades, rodou e precisou entrar nos boxes para reparar o carro. Mais adiante, na descida do lago, Trulli tentou passar Sutil por fora, quando o alemão buscava equilibrar o carro. O acidente (in)evitável acabou tirando Alonso da prova. Trulli, alucinado, foi pedir explicações para Sutil, que não tinha culpa de nada, simulando a cena entre Piquet e Salazar na Alemanha dos anos 80. Rubinho, que procurava abrir vantagem pois tinha o carro mais leve e precisaria parar primeiro, sofreu com a entrada do safety car, que segurou todo mundo por quase cinco voltas. Depois disso, Barrichello partiu para fazer sua corrida, tentando abrir vantagem para Mark Webber. A parada nos boxes fez Rubinho perder a liderança, mas sua corrida era boa. Soube segurar Hamilton, que tinha um carro mais rápido. Após a segunda parada, o azar bateu: pneu traseiro furado e outro retorno aos boxes. O oitavo lugar não foi aquilo que Rubinho merecia. Button, que correu com a faca nos dentes, fez muitas ultrapassagens, deixou para frear dentro das curvas, tomou X e conseguiu um quinto lugar que lhe deu o título. Vettel foi um coadjuvante, mas conseguiu terminar em quarto e roubar a segunda colocação no campeonato. Eu gostei da corrida, apesar de não ter gostado do resultado. Fica para a próxima a vitória do Rubens Barrichello. O inglês mereceu o título, fez uma corrida como poucas na temporada, soube administrar a diferença para Rubinho e Vettel e ganhou seis corridas quando tinha o melhor carro da Fórmula 1. E sempre foi limpo com Barrichello. Se houve jogo de equipe, foi tudo muito bem arranjado. A única vez que transpareceu alguma coisa foi quando tomou uma atitude diferente da combinada, mas não dá para saber se houve armação ou não. Então, que se dê os méritos ao Champion. Parabéns, Button.

Disputa do título já começou

Domingo poderemos ter um novo campeão de Fórmula 1, se Jenson Button chegar pelo menos em quarto, independentemente da posição que Rubinho Barrichello ou Sebastian Vettel terminarem. E só Button pode ser campeão domingo. Tanto Vettel quanto Barrichello precisam diminuir a diferença para 9 pontos, para poder correr pela vitória em Abu Dabhi. Aparentemente, os três conseguem conviver pacificamente. Vettel diz que a pressão está com Button. Rubinho diz que fará a corrida de sua vida. E Button diz que não está preocupado. Será uma grande corrida, ainda mais que Hamilton deve fazer a pole position e correr para vencer. O circuito deve favorecer as Brawns. Esperemos pelos treinos para ver se pode haver surpresas.

Seleção Gaúcha

Ontem assisti o jogo entre Argentina e Uruguai. Que partida horrível! Era para acabar empatado, ninguém merecia vencer. A ruindade da seleção Celeste acabou me atiçando uma interrogação: se o Rio Grande do Sul fosse um país, que chances teríamos de participar de uma Copa do Mundo? Penso que seríamos uma seleção sabática, assim como é o Peru, o próprio Uruguai e o Equador. Acho que teríamos hoje uma equipe tão boa quanto o Chile, bastava ser bem treinada. Vou colocar uma lista de jogadores abaixo para ter uma ideia do potencial da Seleção Tricolor da República Rio-Grandense.
GOLEIROS
Renan
Michel Alves
Galatto
Eduardo Martini

LATERAIS
Michel Bastos
George Lucas
Felipe Mattioni

ZAGUEIROS
Bolívar
Danny Moraes
Anderson Polga
André Luís

VOLANTES
Fábio Rochemback
Adílson
Tinga

MEIAS
Ânderson
Carlos Eduardo
Douglas Costa
Paulo Baier

ATACANTES
Taison
Ronaldinho
Rafael Sobis
Zezinho
Daniel Carvalho
Luiz Adriano
Diogo Rincón
Felipe
Christian
Cláudio Pitbull
Sandro Sotilli

Resposta do Quiz

Parece que o Quiz que fiz não agradou. Não obtive respostas, nem para dizer que estava difícil ou que estava muito regionalizada. Mas não faz mal, pelo menos serve para o pessoal conhecer um pouco mais do futebol brasileiro e gaúcho. Bem, as respostas:

Quem foi o primeiro jogador gaúcho a servir à seleção brasileira? Ismael Alvariza. Em que ano foi convocado? 1920. Qual era seu time? Brasil de Pelotas.


Quais as equipes de futebol que emprestaram seus uniformes a seleções durante uma copa do mundo? Kimberley, da Argentina, e Cruzeiro, de Porto Alegre. Quais eram as seleções? França e México. Que copas? 1978 e 1950. Quais os jogos? França x Hungria. México x Suíça. Quais os resultados? 3x1 a 1x2.


Quem foi o primeiro técnico gaúcho na seleção brasileira? Osvaldo Brandão (1955) . Primeiro numa copa do mundo? Luiz Felipe Scolari. Em que ano? 2002.


Qual foi o primeiro jogador gaúcho a jogar uma copa do mundo? "Moderato" Wissnteiner e Benedicto de Moraes "Menezes". Em que ano? 1930. Qual o seu time? Flamengo do Rio (Moderato), e Fluminense (Menezes), mas Moderato começou jogando no 14 de Julho de Livramento e Menezes no Brasil-Pel. Luís Luz jogou a Copa de 1934 quando era jogador do Americano de Porto Alegre, sendo o primeiro jogador de um time gaúcho na Copa.


Quem foi o primeiro jogador gaúcho a conquistar uma copa do mundo? Oreco. Em que ano? 1958. Qual era o seu time? Corinthians.



Era isso.

Quiz Seleção Brasileira

Resolvi fazer um quiz para o Frederick, meu colega no Cremers, e aproveitá-lo aqui, por que ficou bom. Depois coloco as respostas se surgir quem responda o quiz.

1) Quem foi o primeiro jogador gaúcho a servir à seleção brasileira? Em que ano foi convocado? Qual era seu time?
2) Quais as equipes de futebol que emprestaram seus uniformes a seleções durante uma copa do mundo? Quais eram as seleções? Que copas? Quais os jogos? Quais os resultados?
3) Quem foi o primeiro técnico gaúcho na seleção brasileira? Primeiro numa copa do mundo? Em que ano?
4)Qual foi o primeiro jogador gaúcho a jogar uma copa do mundo? Em que ano? Qual o seu time?
Quem foi o primeiro jogador gaúcho a conquistar uma copa do mundo? Em que ano? Qual era o seu time?

Decisão adiada

O Grande Prêmio do Japão, realizado na madrugada de 4 de outubro, teve vitória de Sebastian Vettel de ponta a ponta, deixando o alemão com chances de disputar o título nas próximas duas provas. Uma prova bem sem graça. Para Jenson Button, que terminou em 8º, basta chegar em sétimo nas duas provas para desbancar o alemão. Rubinho Barrichello, que saiu em sexto e chegou em sétimo, descontou apenas um ponto para o líder e precisa somar 15 pontos nas duas provas sem que Button faça pelo menos um, além de não deixar com que Vettel some dois pontos a mais que ele. A corrida do Japão foi uma das mais sem graças da temporada, apesar de o treino ter sido um dos melhores, graças aos muitos acidentes e às bandeiras vermelhas. Timo Glock não correu porque machucou a perna no sábado. Raikkonen levou a Ferrari à quarta colocação e Hamilton, em terceiro, e Trulli, em segundo, completaram o pódio. Para a Brawn ser campeã basta um ponto no próximo GP, já que está 35,5 pontos na frente da Red Bull.

Lento, quase parando

A fase é muito pesada, cheio de trabalho e pouco tempo para escrever. E o Grêmio não tem me dado motivação para conseguir uma brecha para as minhas análises. E tem também a Fórmula 1, que tem muitos assuntos acontecendo. Estou limitado ao Twitter ou ao Facebook, que são mais rápidos e mais abrangentes, podendo inclusive publicar os vídeos que mais ouço no YouTube. Mas estava querendo publicar as últimas coisas que me aconteceram, coisas boas, graças a Deus. Desde 1º de setembro, dia do meu aniversário, comecei a trabalhar no Cremers, concurso que passei em janeiro. Estou com carga horária das 9h às 24h. E não tenho do que reclamar, muito antes pelo contrário, tenho que agradecer. O novo trabalho é bem diferente do que faço no Correio do Povo, sou quase um tabelião, tirando cópias de processo, enviando correspondência às partes e fazendo juntadas. Mas o melhor vai acontecer a partir de domingo, quando começarei a escrever para o Esporte. Acho que ficarei responsável pelo automobilismo, pelo menos foi isso que o Hiltor me disse. E vou começar com o pé direito, porque deve se definir o título de construtores para a Brawn e tem chance de título para o Button, que eu espero que não aconteça. Quero que o Rubinho tenha chance de disputar o título em Abu Dabi, que chegue no Brasil com possibilidades reais de vencer. Ele merece, é um bom piloto, tem um ótimo carro e está num excelente momento. Aguardem por domingo.

Os altos e baixos do Grêmio

O time de Paulo Autuori ainda não está como o torcedor gostaria, ainda oscila muito. Ora vence uma time difícil como o do Inter ora perde para o fraco Avaí. E nem dá para dizer que jogou com o time incompleto com um e completo com o outro. É que Autuori não conseguiu tornar o time sólido, constante. Se em um momento dá sinais de ser candidato ao título, outro momento mostra-se inseguro. Com isso, só dá para imaginar que o time vai ficar pelo meio da tabela. Nem Libertadores dá para pensar. E tem time bem pior entre os quatro, como o Barueri, que investe bem menos que o time da Azenha. Mas dá para pensar coisas boas. O Mário Fernandes é um bom exemplo de jogador de futuro. Não dá para querer que ele jogue bem todas, ainda não está maduro. Dá para querer mais é de Souza e Tcheco. Eles é que devem ter um padrão de jogo elevado, estarem sempre prontos para tirar o algo mais de seus desempenhos. E quero ver o Maxi Lópes fazendo gols, mas como se ele não tem um companheiro do mesmo padrão? Acho que o Autuori deve experimentar o Douglas Costa como atacante, mesmo que todos digam que ele é meia. Algo tem que acontecer. Vamos aguardar.

Acabou o sonho...

É, parece que a brincadeira de que o Ronaldo teria comido o sonho colorado também acabou acontecendo para o lado do Olímpico. Kléber, o Gladiador, também acabou com o sonho tricolor. As duas equipes gaúchas precisavam vencer e começaram os jogos perdendo. A reação só veio na segunda etapa e não passou de empate em 2 a 2 em abas partidas. Nem Inter campeão nem Grêmio nas finais da Libertadores. Resta aos dois clubes a disputa do Brasileirão, no qual a Libertadores é o objetivo. Nenhum tem condições de ser campeão, embora todos achem que o Inter é candidato. Vejo um campeonato difícil e muita cobrança. Paulo Autuori vai ter que pedir reforços para a diretoria, mas não sei se vai levar. A solução pode estar dentro do Olímpico. Será?
E o Inter, duvido que o Tite dure até o fim do campeonato. É esperar para ver o que acontece.

As decisõeas da semana

Esta semana é crucial para os interesses da dupla Gre-Nal. Na quarta-feira, o Inter decide o título da Copa do Brasil com o Corinthians precisando vencer por 2 a 0 para levar a disputa para os pênaltis. Já o Grêmio, precisa vencer o Cruzeiro pelo mesmo placar para passar à fase final da Copa Libertadores. Para ambos times a tarefa será hercúlea. O Inter estará reforçado de Nilmar e Kleber, que estavam servindo à Seleção Brasileira. O Grêmio ganhará o reforço de Victor, igualmente esteve na Copa das Confederações. Mas Corinthians e Cruzeiro recebem André Santos e Ramires, respectivamente. Aparentemente, o Grêmio é quem recebe o reforço menos significativo, já que precisa fazer gols. Mas é importante não levar nenhum, por isso a necessidade de Victor, o melhor goleiro no país. Acho que, por incrível que pareça, o Grêmio tem mais chances de passar à próxima fase do que o Inter ser campeão. E não é o meu gremismo que está falando. O Corinthians é mais time que o Cruzeiro e Mano é mais treinador que Adilson Batista. Claro que o Inter vive um momento melhor que o Grêmio, mas a capacidade que o Tricolor tem em superar situações que não se acredita é acima do comum. E ainda contar com a força que vem das arquibancadas, o maior trunfo gremista.

A barbeiragem de Barrichello

Segundo a Brawn GP, o problema na largada que o Barrichello enfrentou foi por sua própria culpa. "Pode ser um erro do piloto ou pode ser o fato de que a otimização que o piloto procura é muito precisa. E é muito difícil de achar", disse Brown.

Parece que começa a saga de choro do piloto brasileiro. Sempre fui defensor de Rubinho, achando que sua vida na Ferrari foi prejudicada em demasia por Schumacher e por um contrato que o obrigava a ceder posição em pista. Agora, que tem um carro vencedor, Rubinho está patinando atrás de Button, que soube aproveitar o excelente momento e vai ser o campeão de 2009. O GP da Turquia, onde eu esperava um desempenho melhor da Ferrari, mostrou que o campeonato começou a perder a graça: só dá Brawn. Nem a Red Bull consegue ser adversária, é apenas uma sombra. A McLaren pode jogar o carro no lixo: há muito tempo não via uma McLaren tão ruim. A BMW foi outra que fracassou e a Toyota, que começou bem o ano, passou a andar no pelotão intermediário. A Renault mostrou alguma evolução, mas não foi capaz de brigar pelos primeiros lugares. A Williams tem um carro muito bom em treinos que não valem nada e só.

A situação das brigas entre a Fota e a FIAe a Fórmula 1 de 2010 já está enchendo o saco. A Fota é contra o teto orçamentário, já que as montadoras querem acima de tudo ser melhor que suas oponentes, sem se importar com despesas. A FIA quer uma F1 mais democrática, com carros mais parecidos, para que haja na pista mais disputas, como ocorre na GP2, por exemplo. Do jeito que está, eles vão acabar criando uma Fórmula 1,5 e as grandes equipes da F1 vão formar uma outra categoria, parecido com o que aconteceu com a CART, que se dividiu e criou a F-Indy e a Champcar, o que acabou esvaziando as duas categorias. Espero que isso não ocorra.

Brawn de ponta a ponta

A abertura da temporada 2009 da Fórmula 1 apresentou um fato raro: a Brawn GP, a equipe mais nova da categoria, humilhou as adversárias, sendo a mais rápida nos treinos abertos que antecederam o GP da Austrália, liderando os treinos oficiais, fazendo a primeira fila e vencendo a corrida (com direito a dobradinha) de ponta a ponta. Mas isso não foi a única coisa que se viu. Vimos uma F1 mais equilibrada, mais disputa na pista, mais ultrapassagens e mais batidas. O que não gostei a participação decisiva da organização da prova ao mudar o grid de largada e depois ao alterar o resultado final da prova. Ficou a capacidade acima da média de Ross Brawn em arrumar uma equipe de Fórmula 1. Ele tinha arrumado a Benetton, depois fez da Ferrari a melhor escuderia dos anos 2000 e, agora, arrumou a cagada que a Honda fez com a BAR, transformando um resto de carro no melhor da temporada.

Largando para 2009

Na madrugada deste sábado para domingo, começa a temporada 2009 da Fórmula 1 com quase o mesmo grupo que terminou a temporada passada. A novidade, como piloto, é o suíço Sebastien Buemi, que substitui o agora aposentado David Coulthard. Só que Coulthard era piloto da Red Bull e Buemi entra na Toro Rosso. É que o excelente alemão Sebastian Vettel trocou de equipe, indo da STR para a RBR. E a outra novidade é a saída da Honda, sendo substituída pela Brown GP, que nada mais é que a mesma equipe "sob nova direção". E Ross Brown conseguiu fazer com a escuderia o que pretendia fazer com a Honda, construir um carro novo que fosse competitivo. Pelo menos foi isso que provou nos testes de Barcelona, onde a Brown GP ficou com as melhores marcas a semana toda. Claro que houve reclamações de outras equipes sobre possíveis irregularidades, que até agora não foram provadas. O GP da Austrália deve mostrar também um bom desempenho da Ferrari, que fez bons testes, e da Toyota, que vem num crescente desde o meio do ano passado. Agora, temos que esperar a luz verde para começar a torcer pelos brasileiros Rubens Barrichelo, Felipe Massa e Nelsinho Piquet. Coloquem suas fichas este ano no Barrichelo. É a minha aposta.

Estragaram a Fórmula 1

A FIA anunciou hoje uma mudança no sistema de pontuação da Fórmula 1. Pelas novas regras, o campeão mundial será aquele que obtver maior número de vitórias no decorrer do ano, independentemente do número de pontos conquistados. Com isso corre-se o risco de ver uma equipe fazer um semestre maravilhoso e administrar o segundo semestre para preparar o carro para o ano seguinte. Se um time conseguir colocar seu piloto na primeira posição em cinco corridas no primeiro semestre dificilmente perderá o campeonato. No ano passado, Felipe Massa foi vice-campeão com mais vitórias que Hamilton, sete contra cinco. E, com a mudança, Rubens Barrichelo pode sentir o problema no bolso. Para acertar sua participação na Brown GP, o piloto paulista abriu mão do salário em troca de gratificação por ponto conquistado.