domingo, 1 de maio de 2016

Rosberg vence pela sétima vez seguida. Cadê a graça?

O imbatível Rosberg ou a invencível Mercedes? (foto Mercedes AMG Petronas / BNJ)
Muito se falou nos últimos dias sobre mudanças nas regras para 2017 a fim de acabar com a hegemonia da Mercedes na Fórmula 1. Neste domingo, Nico Rosberg venceu pela sétima vez seguida, sendo quatro neste ano. Isso é um claro sinal que a categoria precisa de mudanças, já que as sete vitórias do piloto alemão da Mercedes não são um fato isolado. No ano passado, a equipe venceu 16 GPs de 19 disputados.

Kvyat vai ter que pagar o conserto (foto FOM / BNJ)
O GP da Rússia, realizado em Sochi, foi xoxo, sem emoções, apesar do acidente inicial com Sebastian Vettel, da Ferrari, e o russo Danil Kvyat, da Red Bull, ainda na largada. Kvyat conseguiu a proeza de bater duas vezes seguidas no piloto alemão. A organização puniu o russo com um stop and go, mas deveria tê-lo retirado da corrida. Ainda cabe uma punição administrativa, prejudicando-o e deixando-o sob observação. Kvyat, no segundo choque, parece ter batido de forma proposital, mas o fato de Vettel ter sofrido a primeira batida deve ter  causado algum dano à Ferrari e ele tenha tirado o pé.

A Williams parece ter apresentado alguma evolução, pois conseguiu colocar os dois carros na quarta e na quinta posições. Durante todo  fim de semana o finlandês Valteri Bottas foi mais rápido que Felipe Massa, o que não quer dizer muito. Mas Bottas conseguiu ficar entre as Ferraris na classificação, tendo herdado o segundo lugar no grid devido à troca de câmbio na Ferrari de Vettel e o fato de Hamilton ter tido problema no motor e não ter participado do Q3.

Aeroscreen foi testado e aprovado pela Red Bull (foto RBR / NBJ)
Outra novidade do fim de semana o teste do Aeroscreen, protótipo de um protetor para o piloto. O modelo da Red Bull tem um policarbonato transparente que envolve o cockpit, diferentemente do modelo da Mercedes que parece as tiras de um chinelo Havaianas. Testar um equipamento desses em um treino pouco mostra sobre a eficiência do modelo. Eu tenho certeza que ele de nada adiantaria no acidente que causou a morte de Jules Bianchi, em 2014, no GP do Japão. Talvez ele tivesse evitado o traumatismo em Felipe Massa durante os treinos do GP da Hungria de 2009.

Outro ponto a ser destacado neste fim de semana russo é a evolução da McLaren. A equipe britânica conseguiu colocar os dois carros nos pontos, sendo que Fernando Alonso se aproveitou dos acidentes da largada para por seu carro na sexta colocação. Jenson Button, que não teve uma largada tão brilhante, conseguiu ir galgando posições até conquistar a décima colocação nas últimas voltas. Uma McLaren competitiva é tudo o que o fã da Fórmula 1 quer ver. De que vale uma categoria que só vencem as equipes de fábrica?
Alonso andando nos pontos. É a volta da McLaren? (foto FOM / BNJ)

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